“Uma menina que vivia junto ao mar deitou-se numa rocha e, observando o céu, perguntou a si própria se seria de lá que viria a música e os versos de que ela tanto gostava. Em resposta a essas perguntas ouviu uma voz que lhe perguntava se ela queria ir conhecer o céu e a floresta da poesia que lá existia. A voz provinha de uma folha de papel em branco que se perdera da sua mãe-árvore, sem ter um verso escrito. Para regressar ao seio da mãe teria que encontrar as cinco palavras mágicas que comporiam o seu verso, as quais se encontravam em cinco ânforas, na posse de cinco guardiães. A menina aceitou o convite e partiram as duas rumo ao céu, vivendo maravilhosas aventuras…”
“Eu sou o Raimundo
e uma história vou contar.
É sobre a nobre cidade de Barcelos
de beleza e magia sem par…”
Sou neto do Galo de Barcelos
e tenho orgulho no meu passado.
Sou esperto, brincalhão e arguto
nada tenho de aluado!”
Edição da Câmara Municipal de Barcelos
“Meus queridos amiguinhos,
Aqui estou eu de regresso, Raimundo todo sedoso,
para mais histórias vos contar.
São sobre o nosso concelho de Barcelos,
que tem pessoas surpreendentes e factos de espantar.
Muito tenho lido e estudado,
Em livros e internet tenho pesquisado.
percebi que Barcelos é um concelho grande e airoso.
Tem um nobre passado, mas temos de contribuir
para que tenha um futuro maravilhoso.”
Edição da Câmara Municipal de Barcelos
“O Construtor de Sonhos
Corados, frescos,
Sem amargura
Os passos prosseguem
Desta vez firmes
Porque o cativeiro está morto,
A mente livre,
A esperança fiel a um sonho
Que desperta!
Os alicerces destruídos um dia
Por um desespero
Outrora inabalável,
Orgulham-se agora
De cimentar algo
Jovem, forte, sonante!
Não se ressente mais
Aquele ser
Por se ter escondido do mundo
Feridas fechadas,
Mágoas curadas,
Os passos prosseguem
Lentos, mas firmes
Na imensidão de um espaço!”
Vou contar-vos a história do meu avô:
O meu avô nasceu nos anos trinta do século XX,
pelas mãos engenhosas de Domingos Côto.
De formas simples e cores pouco exuberantes,
eis que surge o meu avô, catita mas ainda um garoto.
Certo dia, uns senhores importantes de Lisboa,
como o cineasta Leitão de Barros, ou o jornalista António Ferro,
encantados com o seu ar divertido e popular,
levaram-no à capital para passear…”
